Entidades discutem alteração nos horários do transporte coletivo

Durante quase duas horas, representantes de entidades das classes trabalhadora, empresarial, prefeitura e da concessionária que explora os serviços de transporte coletivo na cidade de Brusque, Santa Luzia, se reuniram para debater problemas relacionados ao transporte coletivo no município. O encontro aconteceu na tarde desta terça-feira, dia 29, no auditório do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário (Sintrivest). 

Em pauta a necessidade de adequação dos horários e linhas de ônibus a uma nova realidade que se desenha e que tem por estopim outra adequação, esta com base na legislação trabalhista. A iniciativa foi do Fórum das Entidades Sindicais da Classe Trabalhadora de Brusque e região, que congrega onze sindicatos laborais com sede no município. 

A chamada intrajornada – intervalo que o trabalhador tem direito de descansar e se alimentar entre um período da atividade e outro – obriga as empresa as alterarem o sistema atual, pelo qual este tempo é de apenas 30 minutos (para quem não trabalha em horário comercial), passando para uma hora. Com isso, os trabalhadores necessitam ficar meia hora a mais na empresa para compensar. 

O detalhe é que as linhas de transporte coletivo em Brusque estão concentradas em horários específicos: às 5h da manhã, às 13h30min e às 22h. Quem não tomar o ônibus nestes horários, ou espera por horas, dependendo da região onde reside, ou segue com outro meio de transporte.

Tanto representantes das entidades empresariais, como o presidente da Acibr, Edemar Fischer, quanto do Sindivest (Sindicato das Indústrias do Vestuário), Rita de Cassia Conti, quanto da classe trabalhadora, representada na ocasião pelo Fórum Sindical de Trabalhadores, convergiram sobre a necessidade de se ajustar os horários de saída das empresas em diferentes setores para depois adequar o transporte coletivo do município à essa realidade.

Presente no encontro, o secretário de Trânsito e Mobilidade da prefeitura de Brusque, Paulo Sestrem, disse que todos os ajustes no transporte coletivo já foram feitos e que uma nova alteração terá de ser adotada a partir de um consenso das entidades representativas quanto aos horários. “O ideal seria que todos trabalhassem num mesmo horário. Podemos até fazer um estudo técnico para se discutir em outra reunião”.

O representante da empresa Santa Luzia, Artur Klann, disse que as adequações podem ser feitas, desde que a saída dos trabalhadores dos seus respectivos locais de trabalho ocorra no mesmo instante em todas as empresas. “Hoje, 60% dos nossos usuários são de pessoas que saem de sue trabalhos nestes horários. Faremos as mudanças, sem problema, desde que se entre em consenso sobre os horários”, frisou.

O coordenador do Fórum das Entidades Sindicais da Classe Trabalhadora de Brusque e região, José Gilson Cardoso, comemorou o leve avanço na discussão, pois esperava um tipo de reação contrária da classe empresarial. Mas, ao mesmo tempo, lamentou que o foco da reunião, que era justamente o transporte coletivo, tenha se perdido em muitos instantes do encontro. 

“Ficou claro aqui que a preocupação dos empresários é em resolver primeiro a questão da intrajornada semanal, da jornada diária, da jornada de alimentação dos funcionários, que é o que pesa mais  para eles neste momento”, destacou.

Uma nova reunião entre todos os envolvidos e que estiveram no encontro desta terça-feira está programada para o dia 2 de abril, às 15 horas, no Sintrivest. A ideia é de que as entidade apresentem propostas que avancem na solução do problema. 


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